2,7 MILHÕES DE HECTARES DE TERRA PERDERAM FERTILIDADE COM EROSÃO DO SOLO NO RS, ESTIMA EMATER

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estimou em 2,7 milhões de hectares o solo que perdeu fertilidade a partir do impacto das enchentes e dos temporais no Rio Grande do Sul. Produtores de 405 dos 497 municípios do estado relataram problemas.
 
Após ser atingida, a terra perde a capacidade de reter umidade, o que dificulta a prática da agricultura. Com isso, os prejuízos se arrastam por meses, junto com a recuperação do solo, revela Elaine Conte, mestra em Ciência do Solo e doutora em Biotecnologia da UCS.
 
Ainda sim, há a possibilidade de recuperar o solo, se ele receber nutrientes, análise e assistência técnica adequados. “Isso vai refletir, sim, infelizmente, ainda nas plantas para os próximos meses ou anos”, complementa Elaine.
 
Com 12 microrregiões do estado atingidas, o Palácio Piratini revela que o custo para recuperar os solos afetados gira em torno de R$ 16 bilhões e que tem intenção de ampliar ofertas de crédito. Ainda sim, o maior desafio é que os produtores e as famílias permaneçam nas propriedades.
 
Quem passou pelo drama da inundação revela que não sabe como irá retomar o plantio. É o caso de Fernandes Muraro, que cultiva uvas há quatro décadas, em Flores da Cunha, na Região da Serra do RS.
 
Além das propriedades rurais, o governo estadual estima que 4.521 km de ruas, avenidas, estradas e rodovias foram atingidas em todo estado. O intervalo é superior à distância para atravessar o Brasil de norte a sul, nos 4.397 km que separam o Monte Caburaí, em Roraima, e o Arroio Chuí, em Santa Vitória do Palmar.
 
O tipo de endereço mais afetado pelas enchentes e pelos temporais são os domicílios particulares, que chegam a 283.078. O número equivale a 5,3% da totalidade desse tipo de imóvel.
 
Fonte: G1.
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