CASOS DE ESTELIONATO ATRAVÉS DE APLICATIVO DE MENSAGENS DOBRAM NA REGIÃO
O uso das redes digitais, especialmente o aplicativo WhatsApp, é apontado como um dos principais canais para aplicação de golpes atualmente a quantidade de registros saltou de 151 nos cinco primeiros meses do ano passado, para 303 no mesmo período de 2021. Na contramão da redução de alguns indicadores criminais, os estelionatos registraram um salto na região entre os cinco primeiros meses deste ano, ante igual período do ano passado, por outro lado, crimes graves tiveram redução.
Assim como acontece com a realidade estadual, em 21 municípios da região, também registraram redução nos números de criminalidade, entre os crimes de maior gravidade, como homicídios, roubos, roubos a veículo e furtos em geral.
Conforme os dados divulgados há alguns dias pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o Estado gaúcho teve em maio, o último mês com os dados atualizados, queda de 29% na quantidade de homicídios, o principal indicador de criminalidade no RS, quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Já na região, a quantidade de homicídios registrados nos cinco primeiros meses deste ano, ante ao mesmo período do ano passado, também mostra redução, mas em escala menor. Enquanto em janeiro a maio de 2021, a região registrou 10 homicídios dolosos (quando há a intenção de matar), no mesmo intervalo de meses do ano passado, haviam ocorrido 11 registros desse tipo de crime, o que representa uma baixa de 9%.
Para o Comandante da 1ª e 2ª Companhias do 37º Batalhão de Polícia Militar (37º BPM), Capitão Douglas Knorst, o aumento da aplicação de golpes pela via digital, são uma explicação para tamanha elevação dos casos. “Temos visto que aqueles delitos de maior gravidade, em sua grande maioria, têm reduzido. Mas, em especial ao estelionato, acredito que tenha muita influência a modificação do comportamento das pessoas com relação a utilização dos meios eletrônicos. Vemos que está aumentando muito a prática de estelionatos pelo celular, com o uso das mais diversas mídias, especialmente o WhatsApp, como a clonagem de dados e utilização dos dados para compras, utilização bancárias, extorsão, entre outras práticas delituosas que os meios eletrônicos permitem” relata o Capitão Knorst.
Como forma de se proteger e reduzir os riscos de ser vítima desse tipo de crime, o comandante das companhias do 37º BPM, repassa dicas importantes que as pessoas podem adotar. “Existem alguns mecanismos de se redimir a possibilidade de ser vítima de um estelionato. Um deles, por exemplo, é cuidar e filtrar acessos a contatos, informações que você pode divulgar e, principalmente, avisar os familiares para em um eventual contato feito por criminosos, como uma ligação de um falso sequestro, por exemplo, ele saberem ligar para um vizinho, um colega de trabalho, que possa confirmar se o familiar está bem, está em casa. Porque, numa eventual ligação dessas, o familiar pode não conseguir falar com a pessoa na hora, por uma eventualidade como uma viagem ou telefone sem carga, e acabar efetuando depósitos em dinheiro ou fazendo o que o criminoso pede na ligação. Por isso da importância de combinar um modo de ação com familiares nestas situações, para mitigar os efeitos de estelionatos”, orienta Douglas Knorst.
*Jornal FN