PROCURA POR ATENDIMENTO ELEVA, E CAUSA RISCO DE SOBRECARGA NOS HOSPITAIS DO RS.
O crescente número de casos de dengue e Covid-19 no Rio Grande do Sul ainda não reflete em aumento de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, autoridades e especialistas na área monitoram os indicadores com atenção e mantêm estruturas de pronto atendimento preparadas, pois é crescente a demanda por atendimento de urgência e emergência.
Desde o início do mês de março, o avanço do coronavírus é expressivo. O levantamento mais atualizado da Secretaria Estadual da Saúde (SES) aponta 7.687 novos diagnósticos positivos, sendo 1.303 novos registros apenas no início desta semana. E, atualmente, 8.792 pacientes estão em acompanhamento no Estado.
Escalada semelhante é verificada com os casos de dengue. São 17.726 pacientes confirmados para a doença no Rio Grande do Sul, sendo que 17 morreram neste ano em função da doença. O vírus está presente em 466 dos 497 municípios gaúchos.
A SES acompanha a evolução das doenças e adota medidas preventivas com o objetivo de evitar sobrecarga na rede SUS. Conforme Roberta Vanacor, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), não houve até o momento elevação das internações, mas está comprovada demanda acima do normal por atendimento nas emergências hospitalares e pronto atendimento.
Em Porto Alegre, as emergências dos principais hospitais já estão lotadas. O mesmo ocorre com as Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Os leitos das emergências adulto e pediátrica dos hospitais Conceição, Santa Casa, São Lucas, Restinga, Vila Nova e Materno Infantil Presidente Vargas também apresentavam ocupação superior a 100% da capacidade na tarde de ontem. A UPA Moacyr Scliar, na Zona Norte, e as unidades de pronto atendimento da Bom Jesus, Cruzeiro e Lomba do Pinheiro também atendem acima da capacidade projetada, a exceção de leitos pediátricos.
Fonte: Correio do Povo.