EM BUSCA DE PACIFICAÇÃO COM O AGRONEGÓCIO, GOVERNO LULA QUER DIALOGAR COM RURALISTAS E PREPARA PACOTE PARA O SETOR.
Disposto a tentar uma reaproximação com o agronegócio, o presidente do Brasil pretende lançar um pacote de medidas para o setor. Lula deseja abrir mercados, elevar preço mínimo e ampliar seguro agrícola como forma de reduzir arestas com o campo, considerado um dos ramos econômicos menos alinhados ao governo. A ideia é conciliar o incremento das políticas públicas com a realização de eventos privados, convidando lideranças ruralistas para jantares e churrascos no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto.
O primeiro aceno do governo virá com visitas ao Centro-Oeste, região que representa a força motriz do agronegócio e maior enclave do bolsonarismo rural no país. Nas próximas semanas, Lula irá ao Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e a Goiás. Nesta semana, Lula inaugurou uma fábrica de fertilizantes em Minas Gerais e, nesta sexta-feira (15), cumpre agenda no Rio Grande do Sul, dois Estados com forte participação da produção primária na economia.
Para amplificar o diálogo com o campo, Lula acionou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Senador licenciado e expoente da bancada ruralista, Fávaro é ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso.
Na segunda-feira, Lula teve duas audiências com o ministro e Edegar Pretto. O presidente pediu a Pretto sugestões de iniciativas para melhorar o preço mínimo dos alimentos e estimular o agro a plantar especialmente arroz e feijão, cuja área plantada vinha diminuindo até o ano passado.
A sugestão do presidente da Conab é oferecer aos produtores contratos de compra futura, com preço mínimo garantido. Se o agricultor não conseguir valor melhor no mercado, tem a segurança de que a produção será adquirida pelo governo. Essa ferramenta poderá ser regionalizada, incentivando o plantio de outras culturas.
Fonte: GZH.