EFEITOS DA CHEIA FAZEM EXPORTAÇÕES DE FRANGO DO RS CAÍREM 11% EM MAIO

A catástrofe climática vivida pelo Rio Grade do Sul em maio vai confirmando seus impactos sobre a economia. Terceiro maior produtor e exportador de carne de frango, o Estado teve uma redução de 11,4% nos embarques da proteína na comparação com igual mês do ano passado, apontam dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). E que deixaram a indústria gaúcha na contramão do movimento nacional, que registrou aumento de 4,2% nas vendas externas em igual período.
 
— Quando se olha para aves, grande parte do polo produtor está nas zonas mais afetadas (pela enchente). Precisamos lembrar que é uma cadeia viva, quando o caminhão não chega para levar ração, depois tem impacto em todo o setor. O Rio Grande do Sul conseguiu escoar um volume até heroico, considerando a situação — avalia Luís Rua, diretor de Mercados da ABPA.
 
O Vale do Taquari, por exemplo, responde por uma fatia de 21% da produção de frango do RS. A região enfrentou sua terceira enchente desde setembro do ano passado e teve um impacto direto em sua capacidade de processamento, observa José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Houve frigoríficos que tiveram interrupção total ou parcial das operações. Como muitas plantas retomaram 100% da capacidade, a projeção é de que esse efeito seja temporário.
 
— A tendência daqui para frente é recuperar, mas não tem como mensurar quanto tempo ainda vai afetar. Tínhamos uma expectativa de manter as 740 mil toneladas neste ano (total embarco em 2023), e isso será ajustado — observa Santos.
 
Além da dificuldade na realização dos abates, a logística das cargas foi outro fator que influenciou nesse resultado, avaliam os representantes do setor. Estruturas produtivas também foram danificadas: conforme levantamento da Emater, 804 aviários. Houve ainda perda de animais e dificuldade de acesso à ração.
 
Fonte: GZH/GISELE LOEBLEIN.
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