MAIS DE 6,9 MIL ESTUDANTES ESTÃO SEM AULAS UM MÊS APÓS ENCHENTES INUNDAREM ESCOLAS NO RS

A comunidade escolar do Rio Grande do Sul ainda tenta se reerguer após a enchente de maio ter inundado instituições de ensino, deixando milhares de alunos sem aulas. Um mês após a tragédia climática, mais de 6,9 mil estudantes permanecem fora das salas de aula, segundo dados da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
 
Conforme a Seduc, sete unidades estão sem previsão de retorno; outras oito devem retornar até 1º de julho; uma está em processo de fechamento; e uma segue como abrigo. Ao todo, 17 estão fechadas, sendo que uma delas está em Porto Alegre. O Colégio Estadual Cândido José de Godói atende 323 alunos na zona norte da Capital. A limpeza no local sequer começou – e não há perspectiva de retomada das aulas.
 
— Há um abandono, uma demora. Parece que nós somos os últimos a serem atendidos — conta a vice-diretora da instituição, Maria Luiza de Castro.
 
A educadora conta que o governo do Estado foi notificado, via ofício, da situação. Todo o primeiro andar inundou, destruindo o que havia na ala administrativa, laboratórios e refeitório. Um mês depois, nada foi feito. Uma nova cobrança aconteceu por parte da direção e, então, houve encaminhamento de R$ 40 mil pelo governo do RS, valor que deve ser usado para a limpeza – uma empresa deve ser contratada. Enquanto isso, os alunos fazem atividades online.
 
Com relação à situação do Colégio José de Godói, a Seduc afirmou ter liberado “a parcela extra de autonomia financeira para que as escolas contratassem serviços de limpeza”. Também informou que “o governo liberou R$ 6 milhões para a compra de mobiliária e as entregas começaram na semana passada”.
 
O governo do RS divulgou que o recurso financeiro repassado é referente ao programa Agiliza, “verba extra de autonomia financeira encaminhada nas últimas duas semanas”.
 
Os temporais e a cheia que atingiram o Rio Grande do Sul entre o final de abril e maio deixaram 178 vítimas, segundo o mais recente boletim da Defesa Civil, divulgado na segunda-feira (24). O Estado contabiliza ainda 34 pessoas desaparecidas e 806 que ficaram feridas.
 
Fonte: GZH.
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