VENDA DE CARROS SEMINOVOS E USADOS DISPARA MAIS DE 350% EM JUNHO NO RS, MAS ACUMULADO DO ANO TEM RECUO

A venda de carros seminovos e usados disparou 387% de maio para junho deste ano no Rio Grande do Sul, segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). O número de veículos comercializados saltou de 17,4 mil para 84,7 mil, em reflexo direto da enchente, claro.

— Houve uma demanda reprimida, de quem não comprou em maio, mas muitas pessoas, que perderam o carro, receberam a indenização do seguro e optaram por um seminovo. Além disso, também teve um crescimento de 19% em comparação com junho de 2023 — aponta Rodrigo Dotto, presidente da Agenciauto, que representa o setor no Estado.

O movimento é semelhante ao que ocorreu com a venda dos zero quilômetro no mercado gaúcho — crescimento de 207% de maio para junho e 25% entre o mesmo período de 2023 e 2024. Porém, em volumes diferentes: foram sete carros seminovos ou usados para cada veículo novo vendido no Estado, proporção que não chega a destoar de outras épocas.

No acumulado do ano, porém, há um recuo no mercado de seminovos. A queda no primeiro semestre é de 4% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado. Um recuo leve, mas que motivou a coluna a questionar Dotto sobre a perspectiva para os próximos meses:

— Acreditamos que o mercado vai seguir aquecido, não com a mesma intensidade, mas vai. Muitas pessoas, afetadas, que queriam trocar de carro só vão alcançar um seminovo. Porque o preço médio do zero quilômetro ainda está alto.

Atingidos pela enchente

Diante da expectativa da Agenciauto, a coluna também provocou sobre um possível receio de clientes com um carro seminovo ou usado que possa ter sido atingido pela enchente, consertado e colocado à venda. Dotto responde que isso fatalmente vai acontecer e faz duas ponderações. A primeira é que cabe ao vendedor deixar claro, inclusive negociando-o por um preço menor — já que a vida útil do automóvel será reduzida. E a segunda:

— É que o cliente procure estabelecimentos confiáveis, com tradição de mercado, e que faça os questionamentos que julgar necessário.

 

Fonte: GZH.

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