ESTELIONATOS TÊM QUEDA DE 17,6% NO PRIMEIRO SEMESTRE NO RS, MAS MÉDIA AINDA É DE 207 REGISTROS POR DIA

Nos primeiros seis meses deste ano, o Rio Grande do Sul teve queda nos registros de estelionato. A redução é de 17,6% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, foram comunicadas à polícia de janeiro a junho deste ano 37.821 ocorrências de golpes. Ou seja, a média é de 207 fatos por dia, ou um caso a cada sete minutos.
 
As campanhas de prevenção contra os estelionatos e as investigações para identificar quem são os criminosos por trás de trapaças em série são apontados como fatores essenciais para a diminuição dos números de vítimas.

— Essa redução nos estelionatos no RS vem do enfrentamento da segurança pública a esses casos, especialmente as investigações da Polícia Civil, que têm levado à prisão de muitas pessoas pelos golpes dos Pix, dos nudes, e pelos golpes gerais que existem nessa área. Estão sempre sendo criados novos. A divulgação também ajuda as pessoas a não serem tão vitimadas. As pessoas vão tomando consciência: a polícia trabalha, a imprensa divulga, a sociedade toma conhecimento e vai caindo menos nesses golpes, e tomando maiores cuidados — avalia o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré.

Neste ano, o Estado viveu outro fator relacionado aos golpes, que foram os estelionatos envolvendo a enchente que atingiu o RS. Para combater esse tipo de crime, chegou a ser criada a Força-Tarefa Cyber, que tem como foco os golpes virtuais e o combate à disseminação de fake news.

Como resultado dessas apurações, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) realizou série de prisões de suspeitos, em diferentes Estados do país. Foram cumpridos mandados em Santa Catarina, São Paulo, Fortaleza, Minas Gerais e Goiás.

Num dos casos, os policiais realizaram buscas numa cobertura de alto padrão na beira-mar em Balneário Camboriú, no litoral catarinense. O imóvel, com aluguel de R$ 30 mil, foi apontado pela polícia gaúcha como espécie de QG usado para aplicar golpes pela internet. Entre as trapaças, estava a que simulava campanhas de doações para o RS, para auxiliar as vítimas das inundações. No apartamento, residia um adolescente de 16 anos investigado pelo esquema.

— A gente tem trabalhado muito fortemente contra esses golpes. Estamos estudando estruturas próprias para a Polícia Civil para crescer no enfrentamento à criminalidade digital. Temos feitos cursos com nossas equipes, trabalhado na aquisição de ferramentas de inteligência e formação de equipes especializadas, para que a gente possa cada vez mais enfrentar esse tipo de crime — afirma Sodré.

 

Fonte: GZH.

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