ESTELIONATOS TÊM QUEDA DE 17,6% NO PRIMEIRO SEMESTRE NO RS, MAS MÉDIA AINDA É DE 207 REGISTROS POR DIA
— Essa redução nos estelionatos no RS vem do enfrentamento da segurança pública a esses casos, especialmente as investigações da Polícia Civil, que têm levado à prisão de muitas pessoas pelos golpes dos Pix, dos nudes, e pelos golpes gerais que existem nessa área. Estão sempre sendo criados novos. A divulgação também ajuda as pessoas a não serem tão vitimadas. As pessoas vão tomando consciência: a polícia trabalha, a imprensa divulga, a sociedade toma conhecimento e vai caindo menos nesses golpes, e tomando maiores cuidados — avalia o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré.
Neste ano, o Estado viveu outro fator relacionado aos golpes, que foram os estelionatos envolvendo a enchente que atingiu o RS. Para combater esse tipo de crime, chegou a ser criada a Força-Tarefa Cyber, que tem como foco os golpes virtuais e o combate à disseminação de fake news.
Como resultado dessas apurações, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) realizou série de prisões de suspeitos, em diferentes Estados do país. Foram cumpridos mandados em Santa Catarina, São Paulo, Fortaleza, Minas Gerais e Goiás.
Num dos casos, os policiais realizaram buscas numa cobertura de alto padrão na beira-mar em Balneário Camboriú, no litoral catarinense. O imóvel, com aluguel de R$ 30 mil, foi apontado pela polícia gaúcha como espécie de QG usado para aplicar golpes pela internet. Entre as trapaças, estava a que simulava campanhas de doações para o RS, para auxiliar as vítimas das inundações. No apartamento, residia um adolescente de 16 anos investigado pelo esquema.
— A gente tem trabalhado muito fortemente contra esses golpes. Estamos estudando estruturas próprias para a Polícia Civil para crescer no enfrentamento à criminalidade digital. Temos feitos cursos com nossas equipes, trabalhado na aquisição de ferramentas de inteligência e formação de equipes especializadas, para que a gente possa cada vez mais enfrentar esse tipo de crime — afirma Sodré.
Fonte: GZH.