ESCOLARIDADE ELEVADA E BUSCA POR SUSTENTABILIDADE: PESQUISA REVELA PERFIL DOS PRODUTORES RURAIS NO RS
Embora quase sempre estejam dando continuidade a uma tradição passada de pai para filho, os produtores buscam inovar. Seis em cada 10 utilizam alguma tecnologia de precisão, dando preferência ao uso de GPS para ajudar a mapear propriedades e atividades agropastoris. A internet já é uma ferramenta fundamental para tocar as tarefas diárias e, também, ampliar mercados: pouco mais da metade dos representantes do agro vendem ao menos parte de seus estoques online. Isso não significa que os trabalhadores do agro abram mão dos contatos interpessoais, já que 80% fazem questão de frequentar rotineiramente feiras e exposições da área.
A pesquisa mostra ainda uma preocupação significativa com sustentabilidade: todos os 308 pesquisados disseram empregar ao menos uma técnica considerada de menor impacto sobre o ambiente, como o plantio direto, rotação de culturas ou controle biológico de pragas (o que reduz a utilização de insumos químicos potencialmente danosos).
Esse cenário se reflete ainda em uma avaliação positiva sobre o futuro imediato do agronegócio no Rio Grande do Sul. Praticamente nove em cada 10 produtores se mostram determinados a prosseguir no setor, e metade prevê que o próximo ano será melhor — ou, pelo menos, equivalente — ao anterior.
Apesar do otimismo, o levantamento revela uma queixa: 75% consideram que o setor agropecuário é “pouco valorizado” pelo restante da população gaúcha, cifra que sobre para 79% em relação à percepção por todos os brasileiros. Para a grande maioria, o desconhecimento sobre como são produzidos os alimentos no campo é a principal razão desse sentimento de desvalorização.
Fonte: GZH.