EM MEIO A NOVA VARIANTE DA COVID-19 NO BRASIL, PROBLEMA COM DOCUMENTAÇÃO ATRASA REPASSE DE VACINAS AO RS

O Rio Grande do Sul não registrou casos de contaminação pela XEC, nova variante da covid-19 identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou à reportagem de Zero Hora que “as últimas análises genômicas realizadas pela Fiocruz” não constataram a presença da nova linhagem nos casos que foram confirmados no Estado.
 
Até o início da tarde desta quarta-feira (16), a nova variante já havia sido identificada em três estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Apesar de a linhagem ainda não circular no Rio Grande do Sul, o Estado enfrenta problemas no combate à covid-19: há cinco meses as unidades de saúde gaúchas não recebem repasse de vacinas para crianças, e o lote de imunizante para adultos vence na próxima sexta-feira (18).
 
A Secretaria Estadual de Saúde informou que a Moderna, fabricante de um dos imunizantes, apresentou “problemas com a documentação” de importação de carga e atrasou a entrega das doses ao Ministério da Saúde, responsável por distribuir os lotes aos estados brasileiros.
 
“Por esse motivo, a pasta (Ministério da Saúde) ainda não recebeu as doses que estavam previstas para distribuição nesta semana, no dia 13 de outubro. (…) As doses entregues terão apresentação de frasco multidose e poderão ser utilizadas tanto para vacinar adultos quanto crianças”, diz resposta da SES enviada à Zero Hora.
 
Em outubro, foram registrados 756 casos de covid-19 no Rio Grande do Sul, dos quais 45 seguiam em acompanhamento pela Secretaria Estadual de Saúde até terça-feira (15). Não houve nenhuma morte. Os dados são do Painel Coronavírus, do governo estadual.
 
Até novo reabastecimento do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul corre risco de ficar sem imunizantes contra a covid-19, informou a SES. A pasta salientou que a disponibilidade de doses varia conforme cada município gaúcho, por isso é necessário procurar informações nas secretarias de saúde de cada cidade.
 
XEC, a nova variante
Conforme a OMS, a XEC surgiu a partir da recombinação entre duas cepas da Ômicron. Pesquisadores analisam a nova linhagem, a fim de identificar alterações no comportamento do vírus para constatar se ela pode ser mais letal ou transmissível.
 
Após um aumento expressivo de casos na Alemanha, cientistas acreditam que a XEC pode ser mais transmissível do que outras linhagens, mas pedem cautela. Em relação aos sintomas, a XEC provoca as mesmas manifestações observadas nas variantes anteriores da covid-19.
 
Os sinais mais comuns são semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, como:
 
Febre
Dores no corpo
Cansaço
Tosse
Dor de garganta
 
Embora seja impossível garantir que uma vacina que corresponda 100% a uma variante em circulação, a virologista Paola Resende ressalta a importância de monitorar o genoma do Sars-CoV-2 para ajustar as vacinas da covid-19.
 
 
Fonte: GZH.
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