CALOR E CHUVA FORMAM COMBINAÇÃO PERFEITA PARA A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO TRANSMISSOR DA DENGUE.

A previsão de temperatura elevada e de chuva nos próximos dias é mais um sinal de alerta para um possível agravamento da dengue no Rio Grande do Sul. Confirmados os prognósticos, serão quatro dias intercalando temperaturas acima dos 30ºC, chegando a 38ºC em diferentes regiões do Estado, e precipitações, combinação ideal para a proliferação do mosquito transmissor da doença, já declarada epidemia pelo governo gaúcho.
 
O especialista, que também coordena o Instituto Nacional de Vigilância Genômica de Vírus e Saúde Única (INCT-One), órgão estratégico no monitoramento da evolução de vírus transmitidos por mosquitos no país, afirma que o Aedes aegypti é mais ativo em temperaturas mais altas, o que inclusive retardou, no passado, a chegada do inseto na região Sul do país. Portanto, a combinação de calor e chuva ainda favorece a circulação do vírus. “Além de gerar um ambiente onde eu posso ter muito mais mosquitos, o calor permite que o vírus replique de maneira mais eficiente no próprio organismo do Aedes. E aí temos índices aumentados de transmissão”, detalha.
 
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Para Spilki, caso as previsões climáticas para os próximos dias se confirmem, pode haver um agravamento da epidemia de dengue no Rio Grande do Sul. “Infelizmente, diante do cenário que está colocado, esse período que vem será um definidor da extensão dessa epidemia. Depende de as previsões se confirmarem, do tempo que essa onda de calor se mantiver, da chuva. Certo é que este conjunto seria um dinamizador da epidemia”, reforça.
 
O virologista alerta que as questões climáticas serão determinantes para o agravamento ou fim da pandemia. “A questão climática pode fazer com que a gente tenha não só a extensão do período da epidemia, uma vez que normalmente o Estado já vivencia um número maior de casos até maio”, diz Spilki, fazendo comparativo a anos anteriores, como 2022, o pior ano da dengue na história do Rio Grande do Sul.
 
Fonte: Correio do Povo.
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