CRIMES DE FURTO DE GADO CHEGA AO MENOR ÍNDICE DESDE 2014 NO ESTADO DO RS

As noites de lua cheia e vésperas de feriado costumavam proporcionar momentos de tensão à família da produtora rural Antônia Scalzilli. Proprietária de uma fazenda na cidade de Cacequi, na Região Central, ela conta que inúmeras vezes o local foi alvo de abigeato — roubo ou furto de gado.
 
Antônia explica que a luminosidade da lua melhora a visibilidade no campo, facilitando a atuação dos criminosos. Já nas vésperas de feriado, os saqueadores costumam furtar gado para o preparo de churrasco nas festividades.
 
— Tínhamos cerca elétrica em uma lateral e eles sempre cortavam durante a madrugada. Algumas vezes, carneavam os animais e levavam a carne, outras vezes, vinham a cavalo e levavam os animais de caminhão — lembra a produtora.
 
Histórias como a de Antônia são recorrentes nas regiões fronteiriças do RS. Com a implementação de esforços integrados das forças de segurança, os números desse tipo de crime vêm diminuindo ano após ano. Entre 2023 e 2024, os casos de abigeato caíram 30% no Estado. Ainda assim, há uma média de oito casos registrados todos os dias no RS.
 
Antônia Scalzilli conta que a casa da sua propriedade fica a cerca de cinco quilômetros do rebanho, o que dificulta a percepção da presença dos criminosos, principalmente à noite. Além disso, ela pontua que em muitas localidades o acesso à internet e o sinal de telefonia móvel são restritos, o que inviabiliza o contato com as autoridades.
 
A produtora, que hoje é presidente do Instituto Desenvolve Pecuária e já integrou a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), conta que em 2013 passou a integrar o comitê de combate ao abigeato do governo do Estado. Segundo ela, foi montada uma força-tarefa e o que se observou foi que os ataques às propriedades rurais não eram casos isolados, mas uma prática sistemática. Desde então, ela vem acompanhando as mobilizações em defesa dos produtores junto às forças de segurança pública e apresentando demandas às autoridades.
 
Fonte: GZH.
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