FILAS PARA CIRURGIAS PELO SUS DIMINUEM APÓS REPASSE DE R$ 10 MILHÕES A 20 HOSPITAIS DO NORTE E NOROESTE DO RS
Pelo menos 20 cidades das regiões Norte e Noroeste do RS receberam cerca de R$ 10 milhões para reduzir as filas de cirurgias eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O valor é parte do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), do Ministério da Saúde.
O governo federal disponibilizou R$ 64,5 milhões para dar continuidade ao programa no Rio Grande do Sul em 2024. No ano passado, os recursos possibilitaram a realização de 3.676 cirurgias entre março e outubro. O repasse a nível nacional foi de R$ 600 milhões, destinados a 350,2 mil cirurgias.
No norte gaúcho, 15 cidades do norte gaúcho receberam recursos que, somados, chegam a quase R$ 4 milhões. Passo Fundo conta com o maior repasse da região em 2023, no valor de R$ 1,2 milhões, destinado ao Hospital de Olhos Lions Dyógenes Martins Pinto. Desse valor, pelo menos R$ 600 mil foram destinados para cirurgias de catarata.
Com o recurso do programa, a instituição passou a realizar 188 procedimentos oftalmológicos por mês. Antes, eram 88 mensais.
— A expectativa é que o programa possa continuar, uma vez que mobilizamos uma equipe maior para atender essa demanda. Hoje realizamos 100 cirurgias a mais no mês para reduzir filas — afirmou a direção do hospital em nota a GZH.
Hospital de Ijuí recebeu o maior repasse do interior do RS
Na Região Noroeste, cinco cidades foram beneficiadas, somando mais de R$ 6 milhões. Em todo o interior do RS, quem mais recebeu verbas foi o Hospital de Clínicas de Ijuí. Sozinha, a instituição garantiu mais de R$ 3,3 milhões para reduzir as filas em cirurgias eletivas do SUS em 2023.
De acordo com o presidente do hospital, Douglas Prestes Uggeri, os recursos possibilitaram a realização de 84 cirurgias cardíacas a mais em 2023.
— A pandemia afetou muito as cirurgias eletivas, no nosso caso principalmente as cardíacas. A população acabou sendo afetada e ficando desassistida. Quando o Ministério da Saúde lançou o programa, fomos um dos primeiros hospitais a se habilitar, justamente para tentar reduzir a fila de espera — afirmou.
Para 2024, a expectativa da direção do hospital é que o programa seja ampliado. A projeção é que pelo menos 380 procedimentos sejam realizados somente com os recursos do Programa de Redução de Filas.
— É um procedimento complexo, precisa de UTI e uma retaguarda bem estruturada. O nosso objetivo é aderir novamente ao programa, tanto na área cardíaca quanto na ortopedia e traumatologia, que são outros gargalos importantes, onde uma população grande necessita dessas cirurgias — pontuou o presidente.
Fonte: GZH.