Frentes Parlamentares buscam melhorar atendimentos pediátricos e obstétricos no RS

Com o objetivo de ampliar o debate sobre a crise nos atendimentos pediátricos e obstétricos no Rio Grande do Sul, foram lançadas duas Frentes Parlamentares na Assembleia Legislativa do RS: S.O.S Pediatria e Defesa dos Centros Obstétricos. O ato de instalação, ocorrido nesta quinta-feira, teve a iniciativa do deputado Dr. Thiago Duarte e foi proposto pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Essas frentes visam diagnosticar a superlotação nas emergências pediátricas, a falta de vagas de atendimento pediátrico de urgência, os centros obstétricos e o alto índice de prematuridade no RS.

O deputado Dr. Thiago Duarte (União Brasil) explicou que a frente parlamentar buscará realizar um diagnóstico dessas questões, planejando visitas aos locais afetados para embasar ações futuras que serão encaminhadas para as três esferas de poder.

“Houve nesse último ano a diminuição de 16 % de leitos de emergência de UTI pediátrica no Estado do Rio Grande do Sul e uma diminuição de mais de 30 % nos últimos anos de leitos de centro obstétrico, de leitos obstétricos no Estado. Então a frente parlamentar quer fazer um diagnóstico dessas questões”, pontuou.

De acordo com o deputado, o problema maior é a falta de estrutura para o atendimento médico e que o próximo passo será criar um cronograma de trabalho que vai envolver visitas aos locais que fecharam para que seja realizado um diagnóstico efetivo da situação.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Pediatria do Simers, Daniel Wolff, a entidade já enviou ofícios para mais de 30 municípios gaúchos sobre o aumento da oferta de leitos pediátricos, de internação pediátrica, de CTI pediátrica em todo o Estado. Wolff ressalta que no levantamento realizado, 130 cidades gaúchas não têm pediatras. “Não há falta de pediatras, porque nós temos em torno de 380 residentes de pediatria, este ano se formam 126. É um número bom que a gente pode, com políticas públicas, alocar esses colegas no interior gaúcho e também nas periferias da região metropolitana”, afirmou.

O vice-presidente do Simers, Marcelo Matias destacou que 35% dos leitos de obstétricos do Estado foram fechados nos últimos anos e que também não existe falta de ginecologista obstétrico, que é uma das especialidades que mais formam profissionais, e o que muitos saem das cidades por causa dos fechamentos dos centros obstétricos.

“ Temos uma pequena minoria de cidades que dispõem de possibilidade de fazer partos em maternidades. As que não fecham, muitas delas estão em crise. Não tem como ter saúde para as mães e para as crianças se não tivermos possibilidade de fazermos os nascimentos. Precisamos ter condições que os nascimentos ocorram com segurança em todos os locais do Estado”.

Fonte: Correio do Povo.

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