Leandro Boldrini passa a cumprir pena na cidade onde Bernardo está enterrado
O médico Leandro Boldrini, condenado em março deste ano a 31 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato de seu filho, Bernardo Uglione Boldrini, está agora residindo em Santa Maria, a mesma cidade onde seu filho e ex-esposa, Odilaine Uglione, estão sepultados.
Boldrini continua a cumprir sua sentença em Santa Maria, atualmente no regime semiaberto, com monitoramento por meio de uma tornozeleira eletrônica. Recentemente, em 11 de setembro, o processo de execução penal do médico foi transferido da 1ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre para a Vara de Execuções Criminais de Santa Maria, devido à sua nova localização. Isso implica que ele agora será supervisionado pelo Poder Judiciário e pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) de Santa Maria.
Boldrini foi liberado da prisão em julho deste ano devido à falta de vagas no sistema prisional para o regime semiaberto. Com mais de nove anos de detenção e a concessão de remição de pena por seu trabalho na prisão, ele já cumpriu mais de 12 anos de sua sentença, o que equivale a 39% do total.
O Ministério Público apresentou um recurso no Tribunal de Justiça contestando a progressão de regime de Boldrini. O processo está atualmente em tramitação na 3ª Câmara Criminal, com previsão de votação marcada para o dia 19 de outubro.
Relembre o caso
Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical dentro de uma propriedade às margens de um riacho na cidade vizinha de Frederico Westphalen. No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos acusados de serem, respectivamente, o mentor intelectual e a executora do crime. A amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, também foi presa por ajudar no assassinato. Dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso por ser quem preparou a cova onde o menino foi enterrado.
A Promotoria alega que Leandro e Graciele não queriam dividir com Bernardo a herança deixada pela mãe dela, Odilaine (falecida em 2010), e o consideravam um estorvo para o novo núcleo familiar.
Fonte: Infoco
