Primeira remessa de vacina contra Mpox deve chegar na próxima semana no RS
Na próxima segunda-feira (13), técnicos da Secretaria Estadual da Saúde (SES) farão uma reunião para organizar a vacinação contra a Mpox (varíola do macaco) no Rio Grande do Sul. Segundo informe técnico do Ministério da Saúde, a população-alvo da campanha é formada por 1.360 pessoas no Estado. A primeira remessa de doses tem previsão de chegada na próxima semana.
No documento, que servirá como base para que a SES organize a estratégia, o Ministério da Saúde informa que 46 mil doses estão à disposição do Programa Nacional de Imunizações para uso na população, obedecendo a liberação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina tem indicação de duas doses para completar o esquema vacinal.
A população-alvo para a vacinação seguirá seguintes recomendações:
Vacinação pré-exposição:
– Pessoas vivendo com HIV/Aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
– Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Vacinação pós-exposição:
– Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde.
O Informe Técnico do Ministério da Saúde também considera que o atual cenário epidemiológico da Mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil, e que a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos. Segundo o documento, há um desabastecimento de doses de vacina em nível mundial e a atual estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
Até a quinta-feira (09), o Rio Grande do Sul registrava 328 casos confirmados e 17 casos suspeitos de Mpox, sem nenhum óbito registrado. No Brasil, até a mesma data, foram 10.862 casos confirmados e 2.325 suspeitos, com 15 óbitos.
Fonte: Correio do Povo