QUASE 40% DA POPULAÇÃO DO RS SERÁ DE IDOSOS EM 2070, DIZ IBGE

Quase 40% da população do Rio Grande do Sul será de idosos em 2070, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) baseada nos dados do Censo 2022. O levantamento indica que o Estado terá 3,6 milhões de pessoas com 60 anos ou mais (39,1%). A população total prevista para o período é de 9,1 milhões de habitantes.

O estudo aponta ainda que de 2000 para 2023 a proporção de idosos na população gaúcha praticamente duplicou — era 10,6% e subiu para 20%. Conforme o instituto, o total em números absolutos passou de 1,1 milhão para 2,2 milhões.

No RS, a esperança de vida ao nascer subiu de 72,8 anos em 2000 para 77 anos em 2023. Entre os homens, o indicador foi de 69 anos para 73,8 anos, e entre as mulheres, de 76,7 anos para 80,1 anos.

Outro indicador que ilustra a mudança no padrão etário é a idade média da população gaúcha. Em 2000, era de 31 anos; em 2023, chegou a 38,1 anos — a maior média do país. Para 2070, a expectativa é que seja de 49,2 anos.

População total do Estado vai encolher

A população do Brasil vai “encolher” a partir de 2042, e a queda será puxada pelo Rio Grande do Sul. Conforme o IBGE, o Estado — acompanhado de Alagoas — vai começar a apresentar redução populacional a partir de 2027.

O levantamento indica que o pico populacional do RS deve ser atingido um ano antes, em 2026, com 11.233.317 habitantes. A partir do ano seguinte, será registrado o chamado ponto de inflexão, que é quando a população deixa de crescer e começa a encolher. A expectativa é que o número diminua até chegar em 9.102.614 habitantes, em 2070.

Em 2054, Santa Catarina (10.411.015 habitantes) deve ultrapassar o Rio Grande do Sul (10.232.398 habitantes). O estado mais populoso da Região Sul do país será o Paraná, com 12.300.196 pessoas.

Conforme o estudo, o recuo decorre, principalmente, da queda na taxa de fecundidade. O indicador saiu de 2,12 filhos por mulher em 2000 para 1,51 em 2023. A redução será ainda mais significativa em 2035, quando o Estado deve atingir o menor dado: 1,41.

— Vários fatores contribuíram para isso, como a urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade feminina, além da popularização da pílula anticoncepcional. Com isso, as taxas de fecundidade recuaram gradativamente de uma média de mais de seis filhos por mulher para os patamares atuais — explica a gerente de estudos e análises demográficas do IBGE, Izabel Marri.

 

Fonte: GZH.

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