RS TEVE UM OUTONO DE MAIOR ESTRESSE TÉRMICO NA PRODUÇÃO DE LEITE

A combinação de temperatura, umidade e amplitude térmica trouxe um outono de maior estresse térmico para os animais em relação ao do ano passado, com impacto direto sobre a produção de leite do Estado. É o que mostram os dados do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura. E esse fator se soma aos efeitos trazidos à atividade pela catástrofe climática registrada em maio — como a dificuldade inicial de captação nas propriedades e a perda de rebanho.
 
No quesito conforto térmico dos animais, o maior desafio veio em março: essa condição só esteve presente em 49,7% do período — quando o ideal seria acima de 80%. E incluíram situações consideradas perigosas durante 6,6% do mês.
 
— Foi um outono mais complicado porque o estresse persistiu por um período maior do que no ano passado — observa a pesquisadora Adriana Kroef Tarouco, uma das responsáveis pelo Comunicado Agrometeorológico – Biometeorologia Aplicada à Bovinocultura de Leite no outono de 2024.
 
Quanto maior a produção, maior a perda
Conduzido em 16 municípios, o estudo mostra ainda que quanto maior a produtividade da vaca, maior também foi a redução da produção em situações de estresse térmico. Adriana explica que as alterações sobre o volume aparecem após a condição do ambiente se tornar crônica — em torno de três dias:
 
— Com umidade e temperatura altas, o animal não consegue perder calor. Isso acontece principalmente acima de 35ºC. A vaca para de comer, busca sombra, caminha menos. Isso lá na frente afeta a produção de leite dela.
 
Fonte: GZH.
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