Safra gaúcha de grãos deve ser 49% maior no verão, estima Emater

A safra gaúcha de verão deve ser quase 50% maior na temporada 2023/2024. São previstos 36 milhões de toneladas de grãos a serem colhidos, alta de 49,1% em produção em relação ao último ciclo, que foi de perdas pela estiagem. A primeira estimativa de safra foi apresentada pela Emater nesta terça-feira (29), durante coletiva de imprensa na Expointer, em Esteio.

Em área plantada, o crescimento projetado é de 1,7%, o que é considerado um bom aumento pela instituição, em razão do atual patamar de 8 milhões de hectares cultivados no Estado.

Na soja, principal cultura no Estado, a expectativa é de recuperação. A oleaginosa foi uma das mais afetadas pela seca e teve quebra de mais de 30% no último ciclo. Com esta comparação baixa, o crescimento em produção esperado é de 73% para 2023/2024, resultando em uma colheita de 22,4 milhões de toneladas. Em área, o acréscimo é de 1,3% no grão, somando 6,7 milhões de hectares.

— No geral, a soja avançou em áreas que anteriormente eram utilizadas para pastagens, em substituição ao gado de corte, o que aponta para este crescimento que estamos estimando como perspectiva para a safra — destacou o diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera.

As expectativas também são de melhora para o milho, amplamente prejudicado pela falta de chuvas no verão. A área cultivada deve somar 817,5 mil hectares, resultando em 6 milhões de toneladas do grão colhidas. Apesar da redução de 0,7% em área, os números mostram que há aumento nas regiões produtoras. Segundo Baldissera, o dado indica avanço da irrigação nas principais regiões dedicadas ao cultivo do milho, como o norte e o nordeste do Estado. No milho silagem, muito relacionado à atividade leiteira, também há boa perspectiva de aumento de produção e produtividade, apesar de área menor.

A próxima safra deve ser de mais espaço para o arroz. A área semeada com o cereal deve ser 7,44% maior em relação ao último ciclo, somando 902 mil hectares. A produção esperada chega a 7,5 milhões de toneladas. A intenção de plantio tem a ver com os sinais do clima e do inverno chuvoso.

— À medida que a lavoura do arroz é beneficiada pela chuva, a tendência do arrozeiro é cultivar com arroz essas áreas e reduzir o plantio da soja. Há, portanto, uma influência disso — acrescenta o diretor técnico da Emater.

Já para o feijão, as expectativas da Emater são de 29 mil hectares plantados e de 51,5 mil toneladas colhidas. A projeção indica 2,44% a mais de área e produção 26,5% maior sobre 2022/2023.

Fonte: GZH

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